A pandemia de COVID-19 trouxe repercussões que vão além do adoecimento físico imediato. Diversas pesquisas apontam que parte dos pacientes apresenta sintomas cognitivos persistentes após a fase aguda da infecção, mesmo quando o quadro inicial foi leve. Entre as queixas mais comuns estão dificuldades de memória, atenção, concentração, lentidão no pensamento e fadiga mental. Esse conjunto de alterações, frequentemente chamado de brain fog, pode comprometer o desempenho pessoal, profissional e social.
Por que a COVID-19 afeta a cognição?
Estudos indicam que diferentes mecanismos podem contribuir para os prejuízos cognitivos pós-COVID, como processos inflamatórios, alterações vasculares, hipóxia e fatores emocionais associados ao contexto da doença. A combinação desses elementos varia entre indivíduos, o que reforça a importância de uma avaliação especializada para compreender os impactos específicos em cada caso (AAMODT et al., 2021; MCKEOWN et al., 2022).
A importância da avaliação neuropsicológica
A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta clínica que investiga funções como atenção, memória, linguagem, funções executivas e velocidade de processamento. No contexto pós-COVID, ela permite:
- Identificar se há de fato prejuízos cognitivos;
- Verificar quais áreas estão mais afetadas;
- Orientar intervenções, como reabilitação cognitiva e acompanhamento psicológico;
- Monitorar a evolução do paciente ao longo do tempo.
Por meio de entrevistas, aplicação de testes padronizados e análise clínica, o neuropsicólogo elabora um perfil detalhado do funcionamento cognitivo do indivíduo, auxiliando no planejamento terapêutico e no retorno das atividades cotidianas.
Impactos no cotidiano e no trabalho
As alterações cognitivas podem interferir na produtividade, na capacidade de concentração, na aprendizagem de novas tarefas e na organização das atividades diárias. Pesquisas recentes mostram que adultos jovens previamente saudáveis também podem apresentar dificuldades persistentes após a infecção, reforçando a necessidade de atenção e cuidado especializado (VAN KAMPEN et al., 2023).
Conclusão
A neuropsicologia desempenha um papel fundamental no acompanhamento pós-COVID, oferecendo avaliação precisa e orientações que contribuem para a recuperação cognitiva e o bem-estar geral. Caso haja queixas de memória, atenção ou lentidão mental após a infecção, a avaliação neuropsicológica é uma ferramenta essencial para esclarecer o quadro e direcionar o tratamento adequado.
Referências
AAMODT, Ellen et al. Neurological manifestations after COVID-19. Nature Reviews Neurology, v. 17, n. 12, p. 751–760, 2021.
MCKEOWN, Sarah et al. COVID-19 and cognitive impairment: a systematic review of neuropsychological studies. Journal of Neuropsychology, v. 16, n. 2, p. 203–225, 2022.
VAN KAMPEN, Benjamin R. et al. Long-term cognitive effects of SARS-CoV-2 infection in adults. Neuropsychologia, v. 182, p. 108512, 2023.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Clinical management of COVID-19. Geneva: WHO, 2021.
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