Estudo inédito revela ligação entre Superdotação e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) em adultos

Resumo do artigo: “Transtorno Obsessivo-Compulsivo em Adultos Superdotados” Rodrigues et al. (2025)

Este artigo, publicado na Open Minds International Journal, caracteriza-se como um estudo de revisão integrativa com enfoque neurocientífico, genético e neuropsicológico, abordando a relação entre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e a superdotação em adultos. O objetivo central é investigar como a alta capacidade cognitiva pode predispor à reativação ou exacerbação dos sintomas de TOC ao longo da vida adulta.

Na introdução, os autores contextualizam o TOC como uma condição crônica e cíclica, e apresentam a superdotação não apenas como um alto QI, mas como um perfil complexo, que envolve alta consciência metacognitiva, perfeccionismo e intensa atividade cortical — características que, embora vantajosas cognitivamente, podem funcionar como gatilhos ou “fertilizantes neurológicos” para sintomas obsessivos.

A metodologia empregada foi uma revisão de literatura científica nas áreas de neuropsicologia, genômica e psicologia da superdotação, complementada por um estudo de caso clínico e por uma análise preliminar de dados genéticos (SNPs). Entre os genes analisados, destacam-se SLC1A1, HTR2A, COMT, BDNF e SAPAP3, todos previamente associados à neuroplasticidade, regulação dopaminérgica, glutamatérgica e comportamentos compulsivos.

Os resultados apontam que adultos superdotados podem manifestar formas mais internalizadas e sofisticadas de TOC, com obsessões disfarçadas de racionalidade e rituais mentais travestidos de estratégias de produtividade. A recorrência do TOC, nesses casos, tende a ocorrer em momentos de sobrecarga cognitiva, estresse crônico e falha na realização de metas idealizadas. O estudo de caso analisado ilustra essa ciclicidade, demonstrando que os sintomas podem reaparecer com nuances distintas em diferentes etapas da vida.

Na discussão, os autores sugerem que a intervenção em adultos superdotados com TOC deve ir além do controle sintomático, englobando estratégias de educação metacognitiva, regulação emocional e limitação da sobrecarga intelectual. Ressaltam ainda que, embora os dados genéticos sejam promissores, mais estudos são necessários para consolidar a relação entre superdotação, genética e TOC.

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Resumo realizado pelo Especialista em Neuropsicologia e Avaliação Neuropsicológica Baltasar Noronha Lucas Brange - CRP-12/19100

Referência em ABNT:

RODRIGUES, Fabiano de Abreu Agrela et al. Transtorno obsessivo-compulsivo em adultos superdotados. Open Minds International Journal, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 265–273, 2025. DOI: https://doi.org/10.47180/omij.v6i1.365. Disponível em: https://openmindsjournal.com/index.php/openminds/article/view/365. Acesso em: 6 jul. 2025.

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