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Criança agarrada na perna de uma pessoa

Transtorno de Ansiedade de Separação

Conforme DSM V (2010, p.), a característica essencial do transtorno de ansiedade de separação é o medo ou a ansiedade excessivos envolvendo a separação de casa ou de figuras de apego. A ansiedade excede o esperado com relação ao estágio de desenvolvimento do indivíduo (Critério A).

Os indivíduos com transtorno de ansiedade de separação têm sintomas que satisfazem pelo menos três dos critérios apresentados a seguir. Eles vivenciam sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego (Critério Al). Eles se preocupam com o bem-estar ou a morte de figuras de apego, particularmente quando separados delas/precisam saber o paradeiro das suas figuras de apego e querem ficar em contato com elas (Critério A2). Também se preocupam com eventos indesejados consigo mesmos, como perder-se, ser sequestrado ou sofrer um acidente, que os impediriam de se reunir à sua figura importante de apego (Critério A3). Os indivíduos com transtorno de ansiedade de separação são relutantes ou se recusam a sair sozinhos devido ao medo de separação (Critério A4). Eles têm medo ou relutância persistente e excessiva em ficar sozinhos ou sem as figuras importantes de apego em casa ou em outros ambientes. As crianças com transtorno de ansiedade de separação podem não conseguir permanecer ou ir até um quarto sozinhas e podem exibir comportamento de agarrar-se, ficando perto ou "sendo a sombra" dos pais por toda a casa ou precisando que alguém esteja com elas quando vão para outro cômodo na casa (Critério A5). Elas têm relutância ou recusa persistente em dormir à noite sem estarem perto de uma figura importante de apego ou em dormir fora de casa (Critério A6). As crianças com esse transtorno frequentemente têm dificuldade na hora de dormir e podem insistir para que alguém fique com elas até que adormeçam. Durante a noite, podem ir para a cama dos pais (ou para a de outra pessoa significativa, como um irmão).


Abaixo são listados os critérios diagnósticos, conforme DSM V (2010):

  1.  Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.
  2.  Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte.
  3.  Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à separação de uma figura importante de apego (p. ex., perder-se, ser sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente).
  4.  Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo da separação.
  5.  Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de apego em casa ou em outros contextos.
  6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir sem estar próximo a uma figura importante de apego.
  7.  Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.
  8.  Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes de apego ocorre ou é prevista.
  1. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes e geralmente seis meses ou mais em adultos.
  2. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
  3.  A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como a recusa em sair de casa devido à resistência excessiva à mudança no transtorno do espectro autista; delírios ou alucinações envolvendo a separação em transtornos psicóticos; recusa em sair sem um acompanhante confiável na agorafobia; preocupações com doença ou outros danos afetando pessoas significativas no transtorno de ansiedade generalizada; ou preocupações envolvendo ter uma doença no transtorno de ansiedade de doença.

Referência Bibliográfica

DSM 5. Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais, 5ª Edição. Lisboa: Climepsi Editores. Baldwin, R.C. (2010).

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