O TEA (Autismo) é um transtorno complexo que afeta a comunicação, interação social e comportamentos repetitivos, que inicia na infância e persiste na adolescência, vida adulta e na velhice.
Nesse contexto, surgem dois instrumentos de avaliação amplamente utilizados: o ADOS-2 (Autism Diagnostic Observation Schedule, segunda edição) e o ADIR-R (Autism Diagnostic Interview-Revised). Ambos foram desenvolvidos por pesquisadores renomados e são considerados padrões-ouro na avaliação do TEA.
O ADOS-2 é uma avaliação estruturada que utiliza atividades lúdicas e interações sociais para observar e pontuar o comportamento da criança em relação ao autismo. Ele é dividido em cinco módulos, que variam de acordo com a idade e nível de desenvolvimento da criança, permitindo uma avaliação personalizada e mais precisa. Além disso, o ADOS-2 é padronizado e possui critérios claros de pontuação, o que garante sua confiabilidade e validade.
Já o ADIR-R é Uma entrevista semiestruturada, especificamente relacionada aos critérios de diagnóstico de CID-10 e do DSM-5. É um instrumento abrangente, desenvolvido para obter uma gama completa de informações que servem para formular um diagnóstico de Distúrbios do Espectro Autista (TEA).
Ambos os instrumentos são complementares e devem ser utilizados em conjunto para uma avaliação abrangente e precisa do autismo. Enquanto o ADOS-2 avalia o comportamento atual do Adulto, o ADIR-R fornece informações sobre o desenvolvimento prévio, permitindo uma avaliação longitudinal.
Além disso, o uso combinado do ADOS-2 e ADIR-R pode ajudar a identificar possíveis comorbidades, como transtornos de ansiedade e déficit de atenção e hiperatividade, que frequentemente ocorrem em conjunto com o autismo.
É importante ressaltar que o diagnóstico do autismo não pode ser feito apenas com base no ADOS-2 e ADIR-R. É necessário que os resultados sejam interpretados por profissionais qualificados e experientes, que considerem também outros aspectos, como histórico médico e comportamental do adulto.
Apesar de serem considerados padrões-ouro na avaliação do autismo, o ADOS-2 e ADIR-R não são instrumentos perfeitos. Não tem pesquisa em população Brasileira. Alguns críticos apontam que eles podem ser influenciados pela subjetividade do examinador e que a padronização pode limitar a avaliação em crianças com habilidades sociais atípicas. Além disso, é importante lembrar que o diagnóstico do autismo é apenas uma parte do processo e que a intervenção e acompanhamento adequados são essenciais para o desenvolvimento e bem-estar da criança.
Em resumo, o ADOS-2 e ADIR-R são instrumentos valiosos na avaliação do autismo em Adultos, fornecendo informações detalhadas e confiáveis que auxiliam no diagnóstico e intervenção. No entanto, é necessário que sejam utilizados por profissionais capacitados e considerados em conjunto com outros aspectos para uma avaliação completa e precisa.
O especialista em Neuropsicologia e Avaliação Psicológica Baltassr Brange, tem formação internacional em ADOS-2 e ADIR-R, sendo habilitado parabaplicacao de tais instrumentos, sendo um dos pioneiros na cidade de Florianópolis SC. Tais instrumentos são usados como escalas de Observação, sendo apenas parte de todo um protocolo de Avaliação Neuropsicológica em Adultos. Além da prática clínica, também atua como pesquisador em Mestrado na UFSC, correlacionado marcadores Biológicos com resultados no ADOS-2 e ADIR-R.
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